
O Ser Humano e os conflitos


Afinal de contas, o que é conflito?
A primeira coisa que vem à mente é o de ter ponto de vista opostos. Tenho que dizer que apenas pontos de vistas opostos não resultam necessariamente num conflito: para existir realmente um conflito é preciso que uma das partes se sinta prejudicada pela outra.
Mais do que nunca nos ambientes organizacionais dividimos recursos, oportunidades, atenção e tempo, que são finitos, portanto, aqui temos um campo fértil, e minado, para desenvolver potenciais conflitos.
Na minha experiência organizacional, conflitos raramente ocorrem de repente, como uma grande explosão, uma bomba. Quando vimos os aviões explodindo o World Trade Center podemos traçar uma história de conflitos há centenas de anos. O conflito se revela como a ponta de um iceberg, apenas.
Friedrich Glasl, autor do livro “A dimensão humana do conflito”, traz uma perspectiva linear como um conflito nasce e evolui. Ele chama esse modelo de “uma escala, uma escada”. Só que em vez de vermos uma escada para cima, a escada é direcionada para baixo, simbolicamente para a irrefletido, o irracional, ou seja, para o abismo.
O primeiro item a ser destacada são nossos julgamentos, os maiores responsáveis por criar a realidade que vivemos.
As atitudes que tomamos a cada minuto tornam real o que pensamos e sentimos em nosso mundo interior.
É possível mudar isso? Sim, quando criamos consciência sobre tais fatos, novas habilidades podem ser aprendidas para lidar com as tensões frequentes e comuns entre as pessoas, dentro das organizações.
Nesse caminho de descobertas algumas crenças podem mais atrapalhar do que ajudar. Vamos tangenciar algumas delas:
• Afirmações no modelo “receio de conflitos"
Sim, muitos de nós convivemos com a crença e acreditamos que conflitos só desperdiçam energias. É melhor tirar a mão ou o pé.
Ou que conflitos abertos destroem muita coisa desnecessariamente.
Ou, ainda, a crença que conflitos só aprofundam os contrastes, no fundo as diferenças não têm solução.
• Afirmações no modelo “vontade de brigar”
Outro dirão que conflitos aumentam sua própria vitalidade e energia.
E avançam acreditando que, somente a partir dos casos conflituosos, pode aparecer algo realmente novo
E vão além, consenso frequentemente é uma ilusão pois “a guerra é a origem de todas as coisas”
Será que esses modelos já não se esgotaram?
Então como desenvolver novas habilidades para lidar com ambientes conflituosos?
Seguem algumas possibilidades e, trocar o ângulo, ajuda a caminhar.
Diferenças são energias eu as transformo em energias positivas.
Conflitos ajudam a nos livrar do convencionalismo.
Diferenças são vitais e enriquecem a todos.
E o que eu posso fazer logo que perceber que vivo situações de conflitos? O nosso corpo é o nosso mais poderoso mecanismo de feedback, então procure se observar, se perceber e, para isso, segue algumas questões.
1. Quais sinais foram dados pelo meu corpo?
2. O que senti naquele momento?
3. Como e quando eu os percebi?
4. Posso buscar o feedback sincero e profundo de alguém que confio e estava presente?
5. O que fiz de forma correta e o que faria de diferente?
6. O que posso fazer para que esse conflito não evolua?
7. O que fazer em cada uma das fases em que se encontra o conflito?
Reflexão final: “Eu tenho um conflito ou um conflito me tem?”
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